sexta-feira, 22 de abril de 2011

Checkmate na meritocracia

É fato que as mulheres ainda são muito descriminadas no que se refere à ocupação de um cargo de alta importância para a sociedade. No entanto, o sistema de cotas não auxilia na reorganização de uma cultura; podendo até agravar a situação exposta.
Durante o Brasil da ditadura militar, as mulheres eram marginalizadas, limitadas a subserviência para com seus maridos e não tinham participações efetivas em movimentos políticos partidários; no apogeu de seu ócio surgira o movimento feminista – que com sua ingenuidade foi contagiando as mulheres que sonhavam romper limites sociais – permanecendo na ‘adolescência’ até os dias atuais. A cota que garante a alternância de 50% entre homens e mulheres na lista do partido, é a mesma que esmaga o potencial, a virtude, a competência do cidadão que almeja um cargo público, seja aquele de qualquer gênero.
Assim, toma-se ciência que a idéia exposta não é viável; demonstrando o quanto a política brasileira deve melhorar. A educação é fundamental para o processo de aceitamento da mulher em quaisquer que sejam os cargos exercidos, a meritocracia não escolhe por cor, estilo, identidade de gênero,... E sim por aptidão e qualificação. Levando-se em consideração a cota específica, o homem poderia boicotar aquele partido que favorecesse a entrada de mulheres. Assim como as mulheres, boicotar o que favorecesse a mesma aos homens.
Por tanto, não se pode conduzir – uma comissão de reforma política – de maneira tão simplista. É preciso que se avalie com cautela, eficiência e eficácia cada passo de um movimento que tenha como objetivo favorecer uma minoria. Já que quantidade não é sinônimo de qualidade.

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